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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Porque os países fracassam


Porque os países fracassam

11 de setembro de 20120
O que separa países ricos, como Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra, de países pobres, como Sierra Leoa, Corea do Norte e Zimbabwe, onde mais da metade da população vive na miséria? Corrupção, opressão, falta de justiça social e má educação.
Ou seja, as raízes da pobreza são, especialmente, políticas. Não são apenas geográficas, climáticas , religiosas, étnicas ou culturais, mas de escolhas políticas e estratégicas equivocadas feitas no passado, quando as elites tomaram o poder e não souberam entender os problemas econômicos dos países.
Essas são algumas das constatações a que Daron Acemoglu e James Robinson, dois importantes professores de duas das mais renomadas universidades do mundo – MIT e Harvard – chegaram, em um instigante livro, que infelizmente ainda não temos no Brasil, chamado Why the nations fail ( Porque os países fracassam).
Em muitos países pobres, as elites organizaram as sociedades em benefício próprio, enquanto sociedades como a inglesa e americana ficaram ricas porque os cidadãos tiraram as elites que controlavam o poder e criaram uma sociedade onde os direitos políticos são mais amplamente distribuídos e onde os governos são responsáveis e sensíveis aos direitos da população. Nesses países a grande massa também desfruta de vantagens, como as oportunidades econômicas que são criadas com a democracia.
No início do livro, os autores fazem uma interessante comparação entre duas cidades com o mesmo nome: Nogales. Uma no Arizona, EUA, e outra em Sonora, no México. Até a guerra EUA-México, de 1846-48, ambas pertenciam ao México. Depois, os EUA compraram essa parte e anexaram ao seu território. Hoje a Nogales americana tem saúde, empregos, as crianças estão na escola, não há violência e a renda é muito maior do que a equivalente mexicana. Na Nogales mexicana, violência, desemprego e pouca educação. O problema? Falta de democracia na cidade mexicana. Lá o PRI – Partido Revolucionário Institucional – governou por décadas e a corrupção comia solta.
E é Democracia o que pedem as recentes revoluções no norte da África e no Oriente Médio. Mais direitos políticos para expandir suas oportunidades econômicas e sociais. Portanto, mais uma constatação de que pobreza não é imutável, mas uma questão de escolha política.

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